terça-feira, 28 de julho de 2015

MANUEL VICENTE FARIA

Casa Grande de fortuna feita em Angola, vivia em Soeima
 “Casa Grande” 
Solar burguês 
Um edifício construído no início do século XX, estilo colonial, mais conhecido por “brasileirismo”. Júlio Manuel Pereira faleceu em 1951 
 Manuel Vicente Faria
Manuel Vicente Faria
 Exerceu funções de notário em Alfândega da Fé, tendo tomado posse no dia 17 de Junho de 1939.                         Mais tarde, casou com “Mariazinha”
Manuel Vicente Faria, nasceu no Montijo e faleceu em 1993
      Funções de Notário em Alfândega da Fé em 17 de Junho de 1939
      Formado em direito pela Universidade de Coimbra, em 1934
 “Barão da Torre Zincada”
Casado com Maria Leopoldina Pereira
 Profissão: Cartório Notarial
Saída de Alfândega da Fé para Lisboa: 1963?
 Natural: Montijo
 Faleceu:1993- LISBOA
 Filho: Luís (LUIZINHO) Faria na casa dos 60 anos, tem um filho, Tiago Faria, na casa dos 30.?
 m v faria nasceu 16 de agosto 1908- alf fé 17 de julho 1939- 16 de agosto 1963? despedida?

 O Carnaval de 2009 recordou-se o Dr. Faria.
 À direita, Avelino Jaldim, um dos entusiastas da iniciativa.

LETRAS DAS MÚSICAS DO DR. FARIA



HINO DE ALFÂNDEGA DA FÉ 

I
 Nobre vila aos pergaminhos 
Da tua excelsa nobreza 
Podes juntar-te orgulhosa 
Tendo do bem a riqueza. 
II
 Todos unidos, avante 
Vê-de se há mais belo ideal 
Se cantar o pranto a quem chora 
É banir da terra o mal. 
III
 Ó que rosários infindáveis 
De Avé-Marias, Pai Nossos 
Nos olhos dos pobrezinhos 
Beijando de longe os nossos. 
IV
 Viva a jornada do bem 
Que em prol da pobreza é 
Viva a nossa linda festa 
Viva Alfândega da Fé. 

DESPEDIDA

 I 
Esta vai por despedida 
por despedida esta vai 
que todos sejam felizes 
esqueçam o que lá vai.

 II 
Nunca tive a intenção 
de ofender com actos meus 
por isso do coração
 Adeus, Adeus! 

 III 
Não é a minha esta terra que eu bem digo 
quero-lhe tanto e não sei por que razão 
ai as saudades que eu levarei comigo 
mas vou-me embora e cá fica o coração.
 IV 
Deus permita que não se esqueçam de mim 
e que me possam de vez em quando lembrar 
que eu peço sempre para vós amigos meus 
todas as bênçãos que o Céu nos pode dar. 

 V 
Cantei convosco bailei 
fomos sempre camaradas 
o que sabia vos dei
 com as mãos limpas lavadas. 

 VI 
Vou-me embora mas soltando 
este amargo grito aos Céus. 
Creio bem que estão escutando
 Adeus, Adeus!

HINO DO CARNAVAL

 I 
É Carnaval, raparigas brincai 
e vós com elas, vá rapazes, rodai. 
Enquanto é tempo, é que é aproveitar 
cantai, cantai, bailai, bailai, até fartar. 

 II 
Nós queremos ter muita alegria 
em todas as casas folgar 
e que haja por nós simpatia 
nós só queremos reinar. 

 III 
Venham todos ver nosso rancho 
ao vê-lo qualquer um se espanta 
a vida é sangue que passa 
venham ver a graça 
da gente que canta. 

 REFRÃO
 Estalam foguetes 
brilham serpentinas 
falam de amores 
“pierrots” e columbinas. 

BAIRRO DO CENTRO 

 I 
Somos do bairro do Centro 
 desta Vila o coração 
 que cantando o hino à vida 
 é a mais sublime oração. 

 II 
 Rapazes e raparigas 
 haja alegria pr’a longe o mal 
 canta e ria quem trabalha 
 sem desalento p’ró hospital. 

 III 
 Ó raparigas vossas magias 
 são um rebol 
 raras magias de estivais dias 
 sem pôr do sol.

 IV 
 Rapazes todos folgar a rodos 
 hoje é que vale 
 só o bem desperta
 a linda festa do hospital.

 ADRO 

 I
 Cá vai o Adro também na festa 
é o mais alegre ninguém contesta 
todo florido como um rosal 
cá vai o bairro do hospital. 

 II 
Não houve ainda obra como esta 
festa tão linda, tão linda festa 
é o mais alegre, ninguém contesta 
cá vai o Adro, o rei da festa.

 III 
E dar aos pobres tudo o que consola 
por entre risos e canções famosas 
fazem esquecer o amargor da esmola 
e fica-lhe a saber a pão de rosas. 

 IV 
Novos do Adro como a luz do dia 
em nossas almas juvenis canções 
fazem esquecer o amargor da esmola 
que nos aquece os nossos corações.

 PORTELA (II) 

 I 
Vem já de tempos passados 
a fama de que a Portela
 é alegre e dançarina 
fagueira e ladina 
sem nunca ser bela 

 II 
Mas nem só cantos e risos
 aqui se vêem passar
também sabe fazer bem 
sem olhar a quem 
hoje o vem provar. 

 III
 E à noite depois da ceia 
faz-se na meia, doba-se o linho, 
no largo de fato novo 
junta-se o povo nesse cantinho

 IV
 E ao som do realejo, troca-se um beijo 
dança-se nela, 
nas eiras, os namorados, apaixonados
 eis a Portela.

 PORTELA (I) 

 I 
Portela garrida 
trago em mim a vida 
mais bela e mais sã 
na minha alma pura
 não há noite escura 
é sempre manhã. 

 II 
De sedas não visto 
por isso resisto 
do tempo aos rigores 
nem jóias conheço 
mas sei dar apreço 
às mais raras flores. 

 III 
Baila contente, ó Portela, 
não tenhas medo a ninguém 
quem disser que não és bela 
não tem gosto ou não vê bem. 

 IV 
Como d´aurora estival
 as fulgurantes centelhas
 são as alegres cantigas 
das nossas bocas vermelhas. 

CASTELO

 I 
Sou o solar da nossa terra abençoada 
o berço heróico dos lendários cavaleiros 
que pela fé e pela honra mais sagrada 
um dia ergueram seus montantes de guerreiros. 

 II 
E recordando nobre exemplo desde então
 ouvindo do clarim o som de unir fileiras
 nos lábios um sorriso aberto ao coração 
aqui vão do castelo as pedras derradeiras.

 III 
Já não tenho ameias 
nem tenho guaritas 
as torres caíram 
vieram desditas. 

 IV 
Mas essa alma antiga 
que o mundo assombrou 
perdura intangível 
e a alma ficou.

 V 
Se fizeres o bem
 é nobre ideal 
cá vamos também 
dar ao hospital.

 VI
 E o nobre castelo 
embora velhinho 
sente orgulho em dar
 também um poucochinho.

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