segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
PROCISSÃO DE SÃO SEBASTIÃO: FESTA
Está próxima a Festa em Honra do Mártir S. Sebastião.
Esta fotografia é uma preciosidade. Não é minha e não sei quem captou este momento imensamente feliz, mas é tão bela que merece ser partilhada.
Ela traz gravações que tendem a desaparecer, pois a vida é uma renovação constante e o que ficou para trás vai-se esquecer e acabará por desaparecer.
Ao ver esta fotografia, destaca-se o saudoso senhor Cândido, meu vizinho e bom amigo. Paz à sua alma. Ao mesmo tempo que contemplo esta relíquia, recordo o dia da Festa em Honra do Mártir S. Sebastião, mas também uma semana que antecedia. Eu, menino, acompanhava tudo! A ornamentação dos andores a carga da Casa Medeiros de Torre de Moncorvo. O embelezamento de toda a Praça do Município com os arcos festivos. A instalação da pista de carros de choque junto à antiga CGD. O Bingo da Comissão de Festas no Jardim Municipal que permitiu angariar fundos. A carrinha a transportar a viatura a sorteio e os mordomos a venderem cadernetas. Vendiam-nas como tremoços! Já agora, falando de tremoços, festa sem a senhora Beatriz Páscoa a vender tremoços não era a mesma coisa. O Jardim Municipal, sala de convívio das famílias alfandeguenses. O inconfundível altifalante que difunde com péssima qualidade música e publicidade, mas ainda assim animava as noites. E, num ápice, sábado…sábado, dia da Grandiosa Festa em Honra do Mártir S. Sebastião. O dia começou com alvorada de foguetes. Minutos depois, já a Banda dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé fez a arruada pelas principais ruas da vila. À tarde, uma majestosa procissão antecedeu de sermão a carga de orador convidado – Igreja cheia e o adro também. A fanfarra e a banda conferiam maior solenidade à procissão. A noite começou com um pequeno concerto da banda no coreto do jardim, apresentando de seguida o grupo musical no palco de madeira, instalado junto ao antigo quartel dos Bombeiros Voluntários, garantindo bailarico até o raiar do sol. Uma pausa, à meia noite, para a monumental descarga de fogo de artifício lançada a partir da Quinta Nova. Uma segunda pausa para o fogo preso. Recordo, particularmente, um elemento pirotécnico que desvendava a imagem do Mártir S. Sebastião, por entre fogo de artifício, cor e muita emoção. Era tradição comprar um melão, fatiá-lo e vir-lo ali mesmo na festa.
Diz-se, com aparente à vontade, o importante é seguir em frente e o que aconteceu no passado não acrescenta. Eu não consigo, sou fruto de um passado fértil em coisas boas e coisas mais, que faço questão de registrar. O passado é apenas o início do presente. E por isso, ao ver esta belíssima fotografia, é difícil não ir lá atrás e trazer para o presente parte da minha/nossa vida!
Tem aqui uma boa descrição, o Toninho! Do que foi uma bela época da Alfândega da Fé em que nos dias mais festivos, as ruas da vila se enchiam de manhã à noite. E a Banda dos Bombeiros Voluntários fez lembrar-me todos os trabalhos e esforços que se fizeram por parte do executivo do Branco Rodrigues, para que a Alfândega tivesse também esse valor acrescentado no seu património humano e cultural.
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